sábado, 25 de fevereiro de 2012

nos fundos, somos todos iguais



Quando uma pessoa é chata, recebe logo alcunhada de "pentelho". Tais pelos, além de se tornarem sinônimo de pessoa inconveniente e criança bagunceira, também exprimem algo desprezível e sórdido.

Mas esses pelos não se resumem a um chumaço de cabelo duro, inútil e com má fama, porque há quem enxergue neles grande fonte de desejo sexual, utilidade para proteção e aquecimento natural dos genitais, desde que estejam no lugar que deveriam estar e não encontrados nos alimentos.

Porém, são bem mais do que isso, são talvez uma forma de "castigo" ou "benção" de Deus, que os colocou em todo ser humano, rico ou pobre, feio ou bonito, bom ou mal (menos algumas tribos indígenas, sei lá porquê) para mostrar, quem sabe, que nos fundos, somos todos iguais.

Pode ser também uma espécie de placa de sinalização para alertar sobre o cuidado que se deve ter com o que eles envolvem com tanto excesso, que quando usado irresponsavelmente, a vida do irresponsável fica tão enrolada quanto eles.

Grande problema hoje em dia é tê-los, as mulheres que o digam, pois preferem serem torturadas com cera quente e arrancá-los em seguida, a ter que aceitá-los.

Mas quem tem mais razão em extirpá-los do corpo são os homens, principalmente quando ocorre uma ereção fora de hora com tudo embolado, não restando nada a fazer a não ser se curvar e  implorar pra morrer.

Graças a eles, filmes de décadas anteriores brilharam, onde a ousada figura triangular nas mulheres era entendido como "completamente" nua.

Há quem curta esses caras e ainda brinquem com eles, se depilando de forma a deixar um bigodinho de Chaplin, um coraçãozinho, alguma letra do alfabeto, um jogo da velha, o nome da mãe, uma santa cruz... até os menos preocupados, chegados ao natural, que criam verdadeiros gorilas por opção.

Os adeptos dessa arte devem sofrer tendo que se contentar em mostrar sua "obra" para poucas pessoas, com exceção daqueles que acabam ignorando o alerta falado no 4º parágrafo desse post, e acabam mostrando além do que deveriam e, fatalmente, se enrolando tanto quanto a "placa de sinalização".


O que mais surpreende é que todos, dos que odeiam, aos que amam os tais pelos, incluindo você que está lendo isso agora, todos, sem exceção, já tiveram a auto-estima reafirmada na puberdade com o nascimento dos primeiros fios.

Por isso, pense neles com mais carinho, não os considere uma praga, a não ser que tenham hospedeiros neles.

E deixa de ser pentelho.

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