quinta-feira, 1 de setembro de 2011

ciclo de rabugentisse



Acordei fazendo contas.

Fiquei de mal humor. Mas uma pontinha de lucidez dizia pra ignorar isso, que vou me sentir melhor de bom do que de mal humor, mesmo que isso também não pague minhas contas.

Ficar puto vai dar início a um ciclo de rabugentisse envolvendo todo mundo que eu tiver contato e retornando pra mim, como todo ciclo, me deixando mais puto ainda.

O próprio aspecto de alguém puto já é um desgaste: sobrancelhas serradas, expressão de impaciência, tom de voz agressivo, gestos ríspidos... praticamente um animal furioso.

Sem falar do que se passa dentro da pessoa, que é um sentimento de raiva que extrapola o próprio motivo que desencadeou o mal humor, se alimentando de coisas já passadas, trazendo à tona o que deveria ser dito ou feito em outros momentos, anulando o perdão, especulando sobre como agir agressivamente em situações que nem ocorreram ainda... O tempo inteiro acompanhada de mesquinharia, prepotência, desrespeito, orgulho... enfim, a raiva é irracional, doentia e nociva para quem sente.

Por outro lado, evitando-a, se retira toda essa negatividade da pessoa, do seu dia, da sua vida, restando uma mente mais abertura para o prazer, para dar e receber ajuda, ver com outra perspectiva os problemas e até a vida.

Claro que raiva é inerente ao homem, mas não é preciso alimentá-la.

Existe muita coisa boa a ser curtida sem raiva, o blog do Baltazar (claro) é uma delas.

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